Estão a ver aqueles filmes caseiros que se fazem em baptizados, casamentos e coisas do género?
Muitas vezes fazem-se porque "é da praxe", "por brincadeira" ou então "para mais tarde recordar".
A estes filmes, que à partida parecem ter um significado localizado e restrito, acontece-lhes um fenómeno parecido com o Vinho do Porto, pois passadas algumas décadas o que foi filmado acaba por ficar um registo histórico, não só de Genealogia como também de História Local.
Escrevi esta reflexão baseada no visionamento de um desses Filmes Caseiros. O Filme em causa data de 1974, ano rico em acontecimentos, segundo alguns nesse ano houve uma Revolução, segundo outros uma Evolução e ainda uns poucos (muito poucos felizmente) afirmam ter havido uma Regressão em 74.
O mote do filme em questão não era essa (R)Evolução mas sim algo mais simples, uma viagem de barco pela Ria de Aveiro.
Tendo este vosso amigo nascido alguns anos após 74, foi com curiosidade que vi uma Torreira menos urbanizada, a praia fluvial do Monte Branco repleta de gente (ainda sou do tempo em que se levava as crianças para a Ria porque era mais seguro...) e sem lodo, o agora desaparecido Barco Rainha Santa ainda nem Restaurante era...
As memórias a dar às gerações futuras passam por estes filmes.
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