Cumpridas as obrigações laborais, está na hora do regresso.
Entro no mundo subterraneo do Metro em direcção ao Oriente e já na linha vermelha oiço uma personagem de casaco à motoqueiro made in Ladra falar para alguém ao meu lado.
...mandato de captura...centro de acolhimento...preço da erva...
Fiquei na dúvida sobre se seria mesmo aquilo que estaria a ouvir ou se já seria efeito do perfume adocicado que o falso motard exalava...
Saíram em Chelas.
Oriente, 13:30
Gaivotas. Omnipresentes junto ao rio, contribuem (juntamente com a brasileirada de um bar próximo) com os seus gritos peculiares para nos transportarmos para locais que rimam com férias...Só falta sol e calor!
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Marginal da Parque Expo, 13:45
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Estava a tirar estas fotos quando um casal nos quarenta anos mete conversa comigo. Não é nada normal, pensei. Após curtos minutos de conversa percebi o intento. Eram Testemunhas de Jeová vendendo a sua crença. Lá fiquei com um folheto e de seguida prosseguiram a sua evangelização / venda.
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Gare do Oriente
Ia a caminho da linha em que ia passar o Alfa quando um tipo com aspecto de quem saiu de uma boi-band chega perto de mim e pergunta:
- Preciso de quatro (!?!) euros para comprar o bilhete, tens?
Respondi:
- Queres dinheiro?
- Quero!
- Então vai ao Multibanco!
Mal lancei esta última frase adoptei um passo rápido, mas ainda assim ouvi atrás de mim alguém emitir uns grunhidos...
Entretanto já sentado à espera do comboio aparece outra vez o artista e emite a mesma lenga lenga a um tipo sentado perto de mim:
- Preciso de quatro euros para comprar o bilhete...
- É pá, já me pediste há um quarto de hora...
- Sei lá, são tantos!
Nesta altura começo a rir da situação, aí o artista nota o gozo e põe-me uns olhos...de morte!
Ele vira-se e vai em direcção a outros infelizes, mesmo assim ainda deve ter ouvido os desaforos (com forte sotaque nortenho) do comparsa a meu lado:
- Chulo, Filho da P***, vai trabalhar malandro!!!
Entretanto chega o Pendular e acaba assim mais uma estadia na Capital.
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