sexta-feira, abril 29, 2005

30

É uma idade charneira, de reflexão e balanço. Muitos deixam de celebrar os aniversários nessa altura, talvez porque não tenham nada para festejar.

Os jovens rondando os 20 deixam de os olhar como fazendo parte do mesmo grupo. Ainda não são cotas, mas para lá caminham...

Para aquelas que ainda não encontraram o seu príncepe, ou pura e simplesmente deixaram de acreditar neles, é uma idade em que as hormonas batem mais forte, um misto de inveja e sofreguidão percorre-as quando vêm uma jovem mãe com o seu rebento. Tornam-se menos exigentes, com os outros e consigo.

Trinta é também uma idade que muita gente pressupõe de conforto material. De estabilidade. Quem não tem pode sentir-se duplamente frustrado, por um lado sente que os anos do campismo, inter-rail e outros ideais já passaram, por outro não vê o seu esforço de anos recompensado. Ao lado dele mora/trabalha/passa um puto com sucesso. Com o que sempre quis.

Com o sucesso que sonhou para si mas que por alguma razão lhe fugiu. O que falhou?

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