Arredores de Santa Maria da Feira. Passam poucos minutos do meio dia.
Pelo passeio caminho em direcção ao carro quando ouço atrás de mim um estranho barulho.
Parecia o troar de um canhão ou o barulho de um trovão.
Olho em direcção. Um Honda Civic CRX azul de farois azuis e fartos élerons aproxima-se.
Detenho-me. Admiro a visão. O pisca escurecido indica mudança de direcção.
Clique-claque-clique-claque.
A obra de arte parou na entrada da casa em frente. Abre-se a porta. Loira de vintes e muitos munida de roupa justa mostrando os quilos a mais dos chispes de feijoada levanta-se e abre o portão.
A máquina entra. A porta abre-se. O macho sai. Levanta os óculos de mosca e domina o horizonte com o olhar.
O puto sai. Cinco/seis anos ou outros tantos. Uma cópia do pai. Aproxima-se da mãe. Puxa-lhe a roupa. Quase tapa as peles pendentes da barriga.
A Sogra. Também estava. Com a ajuda da mãe, engana as artroses e sai também.
Abre-se a porta da mala. Os sacos do Lidl vão e vêm. O puto berra e pula. A mãe chateia e ralha, ameaçando com a mão. A Sogra veste um estranho sorriso. De que será?
terça-feira, maio 17, 2005
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