Entre o Minho e Nova Iorque foi como António Variações definiu a sua música, e é até hoje a frase que melhor reflecte a sua obra influenciada pela New Wave, o Fado e o Vira minhoto.
Desde o arrepiante e muito à frente Povo que lavas no rio, passando por Anjo da Guarda e acabando na música popular e orelhuda de É p'ra Amanhã, o disco de estreia (tal como Dar e Receber) é uma síntese do rural e do urbano, do tradicional e do vanguardista.
As letras simples mas geniais que só podiam ter sido escritas por um português (é p'ra amanhã, bem podias fazer hoje.../...quando fala um português, falam dois ou três...) conhecedor do seu povo e a aceitação nos arraiais e manifestações populares levou na altura a que a sua música fosse olhada com algum desprezo por muitos pseudo-intelectuais-urbano-depressivos-que-sabem-tudo-e-acham-o-povo-burro.
Variações teve muitos amigos que o apoiaram, como Júlio Isidro que o levou ao "Passeio dos alegres" (quando ainda não tinha editado nenhum disco) para interpretar Toma o comprimido(1) , Vítor Rua (elemento dos GNR) que participou em Anjo da Guarda sob o pseudónimo Vick Vaporub e os elementos dos Heróis do Mar que participaram em Dar e Receber.
Aqui podem ouvir um medley de músicas de António Variações e saber mais sobre o artista.
(1) - tema nunca editado, com a agravante da RTP ter apagado a gravação da passagem de Variações pelo programa de Júlio Isidro...
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