1 dia, 1 disco - 1993

Braindead - Blend

Num ano algo fraco em lançamentos, destaco três bandas que admirava na altura e se perderam no avançar dos anos, eles são os Bizarra Locomotiva(1), Golpe de Estado(2) e Braindead.

Escolhi os Braindead, espécie de Funk-Metaleiros, pois achava-os diferentes de tudo o que se fazia em Portugal, e temas como Never Did Never Will, Cry Alone ou Black Lights ficarão sempre na memória como banda sonora dessa época(3).

Os almadenses Braindead tiveram uma carreira curta com apenas dois trabalhos (Blend de 1993 e Room Landscapes, 94), cujo segundo disco enterrou-os em termos comerciais, o que levou os elementos da banda a procurar outras paragens para extravasar a sua veia artística, nomeadamente transferindo-se para Da Weasel, Mão Morta e a banda que acompanha Sérgio Godinho.

Foi difícil encontrar dados sobre a banda na net (as revistas Super Som de então dariam agora um jeitaço) mas foi possível saber mais aqui sobre os Braindead e o Metal feito no nosso cantinho à beira-mar plantado.


(1) - Espécie de Young Gods à portuguesa.

(2) - Projecto electrónico feito à base de samplers e com colaborações de Rodrigo Leão(!), João Cabeleira(!!) e Adolfo Luxúria Canibal(!!!). A meu ver o tema que melhor ilustra este projecto é Cyberpunk Generation que com a voz cavernosa de Adolfo não ficaria nada mal num filme de John Carpenter...

(3) - Tal como Voltas dos então fresquinhos Entre Aspas.