quarta-feira, setembro 28, 2005

1 dia, 1 disco - 1998

Ovelha Negra - Por este andar ainda acabo por morrer em Lisboa



Só o título já diz muito sobre a genialidade deste OMNI que passou ao lado da maioria das pessoas.

Projecto de Paulo Pedro Gonçalves, ex-Herois do Mar, as letras autobiográficas reflectem sentimentos do autor (Eu Menti À Saudade, Quem Me Dera Ser Feliz), na altura a trabalhar em Londres num atelier/loja chamada Pavement(1).

Nota-se uma alma fadista (ex: Todos Os Teus Filhos Querem Morrer Por Amor) e fatalista (Vida Perdida) um pouco por todo o disco. Musicalmente PPG usou a fusão entre o Fado e a electrónica como pano de fundo, um pouco como faz actualmente o projecto A Naifa.

Uma raridade a descobrir.

Em 98 houve muitos e bons lançamentos, como a portuguesa-suiça Mãozinha (lembram-se?), Xana e o seu Manual de Sobrevivência e Flak a editar Flak. Também merece destaque a descentralização ocorrida nesse ano com Fossa Nova dos conimbricences-cabaret-decadentes Belle Chase Hotel, Silence Becomes It dos leirienses-alternativos-acusticos-mas-pelo-meio-tornaram-se-mega-banda Silence 4 e a lenta subida de uma banda de Alcobaça que no ano seguinte atingiria o estrelato...

(1) - Ele e a mulher Andreia costumizaram roupa e vestiram nomes como David Bowie e Blur, tendo também feito peças para o filme "Velvet Goldmine". Actualmente PPG regressou a Portugal para abrir a Loja Crucifixo (Lisboa).

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