I - Lobby G
A propósito do Esquadrão G, o último produto Garbage TV, lembrei-me da manifestação dos PNR/FN/Trogloditas ocorrida há dias, onde afirmavam o seu repúdio para com o programa.
Lembrei-me também das declarações de certos iluminados que elogiaram o programa como sendo mais um passo em frente na luta dos homossexuais pelo seu reconhecimento.
Aqui é que a porca torce o rabo. O homossexual deve ter o direito à indiferença. A viver como o comum dos cidadãos. E não deve estar sujeito a estereótipos. Como os do Esquadrão G/José Castelo Branco/Outras metrossexualidades.
O programa leva a pensar que só os homossexuais é que têm bom gosto, sensibilidade, cultura, etc. E que todos os homossexuais são assim, frágeis flores.
Nada mais falso. Existem homossexuais de todo o género e feitio, existem exemplares à Macho Latino, apreciadores de futebol, cerveja, peludos e pouco higiénicos.
Também existe o contrário. Heterossexuais com preocupações estéticas que fariam inveja a muitas mulheres, sempre rodeados de cremes, que demoram horas na casa de banho a preparar-se e no entanto são autênticos Casanova's, capazes de ir para a cama com uma mulher diferente todos os dias. O sonho de qualquer aspirante a Zezé Camarinha.
II - 25 de Abril
Há dias comentei numa roda de amigos que gostaria de viver o 25 de Abril de 74 e experimentar todo esse processo revolucionário.
Pensando bem, se tivesse hipótese de usar o DeLorean de Regresso ao Futuro e regressar a 1974 não sei não ficaria desiludido. Depende. A geração Telemóvel/Internet/TV Cabo conhece esse período através dos mais velhos, de documentários televisivos, ou até de alguma caixa de DVD's com noticiários, música da época e declarações à posteriori sobre o sucedido.
Ficamos assim com uma visão global e desapaixonada do que sucedeu. Se tivéssemos vivido tal período muito do que hoje sabemos passaria ao lado, não havia SIC Notícias, CNN ou similares que nos permitisse ter acesso à informação no momento em que acontecia.
Se tivéssemos a sorte de viver nos grandes centros ainda estaríamos a par do que se passava. E se fosse numa aldeia de Almeida? Se calhar o sinal da Televisão ainda não chegava lá, muitos não sabiam ler...Só a rádio (Renascença ou Emissora Nacional) informava do que se passava lá na capital. A vida decorria na lavoura e ao Domingo o sr padre rezava para que os comunistas não chegassem ao poder...
Outros tempos. Assim, à falta de DeLorean arrumo os DVD's a um canto até ao próximo 25 de Abril...
segunda-feira, setembro 19, 2005
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