Abro o guarda-fatos e reparo que me visto de forma diferente dos tempos de estudante.
Roupa à gente respeitável, camisinha tótó, calças tótó.
"Diz-me o que vestes, dir-te-ei quem és" - nada mais falso, aquilo é roupa de trabalho, tal e qual o fato-macaco do operário.
Antes o que vestia era "a minha roupa". Agora a outra, a "roupa de trabalho", ocupa o guarda-fatos deixando "a minha roupa" acantonada num canto escuro que só ganha luz ao fim-de-semana.
É triste. Mas podia ser pior, podia fazer da "roupa de trabalho", roupa de todos os dias. Aí seria respeitável. Aí seria bem, seria Cota.
E aí sim, seria o "Senhor" que a outra falou.
quarta-feira, maio 17, 2006
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