quinta-feira, julho 06, 2006

Rock n' Roll - 1975



Born To Run, o Tudo ou Nada de um rocker.

Depois de dois discos aclamados pela crítica (Greetings from Asbury Park, N.J. e The Wild, the Innocent and the E Street Shuffle), mas ignorados pelo público, Bruce Springsteen fez uma última tentativa para triunfar no mundo da música.

Para tal, convidou Roy Bittan e Max Weinberg para a banda que o acompanhava(1) e acrescentou guitarras ao som predominantemente Folk dos trabalhos anteriores para dar um som mais cheio às suas músicas.

O investimento na produção foi tal que a Columbia, editora de então, fez um ultimato: Ou o disco era um êxito ou Bruce e companhia seriam despedidos.

Talvez influenciados pelo ultimato, as letras de Born To Run são bastante autobiográficas (Tenth Avenue Freeze-out, Born To Run(2)) e reflectem o tom agridoce de Bruce: Se por um lado expõe os podres da sociedade, desde os excluídos (Meeting Across The River), à violência dos gangs (Jungleland), por outro deixa transparecer algum optimismo no American Dream (House of Thunder).

O disco teve um êxito tremendo junto do público e da crítica, sendo Bruce Springsteen visto por alguns como uma espécie de Messias que iria levar o Rock de novo às origens(3) e para longe das adulterações entretanto feitas (Soft/Country Rock, Heavy Metal e Art/Prog Rock).

E por falar em adulterações...



Do outro lado do oceano os Queen tomavam conta do Continente com Bohemian Rhapsody, um dos delírios mais conhecidos do Rock Progressivo, cujos seis minutos de duração eram divididos em seis partes (Introdução, Balada, Solo de Guitarra, Opera, Hard Rock e Final).

O vídeo (clicar aqui para ver) que acompanhou o single teve bastante impacto em programas como o Top Of The Pops da BBC, tendo sido a primeira vez que o vídeo antecipou um disco.


(1) - Começava assim a E-Street Band...

(2) - Descreve a vontade de Springsteen em sair da deprimente Asbury Park e conhecer o Mundo "We gotta get out while we're young...'cause tramps like us, baby we were born to run"


(3) - Certo crítico disse na altura: "A música de Springsteen junta o ritmo de Jerry Lee Lewis com as letras de Bob Dylan"

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