Gent. Embarco num Urbano cheio de grafittis em direcção a Bruxelas e neste conheço um casal, ele chileno e ela belga convertida ao Chile.
Vieram visitar os pais dela e agora estão de regresso. Fala-se da língua portuguesa, do espanhol vs castelhano, dos dialectos na Bélgica e até da fascinação brasileira pela neve.
São uns tipos simpáticos e nota-se que ela nasceu belga mas é chilena de alma e coração.
Bruxelas. Depois de ver o museu da BD, dirigi-me para a baixa e andei por umas vistosas galerias reais que funcionam um pouco como um centro comercial da época art deco. Muito giro. E caro.
Em seguida entrei numa espécie de quartier latin com ruas estreitas e pejadas de restaurantes com esplandas minúsculas compostas de 3 ou 4 mesas. Portugal, Espanha, Grécia, Tunísia...Os mediterrânicos aqui são reis.
Vou à praça central e como um Goufre, conhecido entre nós como Waffle, e que será um dos doces mais populares na Bélgica.
Nota-se a convivência das duas línguas nacionais mas o francês surge mais naturalmente no boca-a-boca de rua.
Depois de Bruxelas desaparecem os canais e surgem finalmente os relevos, ainda que bastante suaves, ganhando esta parte da Bélgica (A Valónia) um aspecto idêntico à campagne française.
Curioso foi também ver que as informações do comboio deixaram de ser bilingues e passaram a ser exclusivamente em françês.
Já perto do Luxemburgo surgem alguns bosques atravessados por riachos que emprestam um aspecto bastante bucólico à paisagem.
Luxemburgo.
Antes de mais, uma palavra para a temperatura. Os quentes 27/28 graus com períodos de brisa refrescante lembraram-me que estamos no Verão e que o clima eternamente primaveril de Gent não é normal. Pelo menos para mim.
Voltando ao Luxemburgo, esperava uma cidade com muitas marcas de Portugal e elas realmente existem, como uma sucursal do Totta ou BCP, o ATM com a opção da língua portuguesa e o ouvir português nas ruas (OK, a maior parte era português avec, mas isso é um pormenor...), mas na verdade o Luxemburgo tem várias nacionalidades com presença forte, até motivado pelo Turismo, que aqui é fortíssimo.
Existem várias exposições, concertos e animações de rua em simultâneo por forma a que as várias praças da enorme zona pedonal tenham sempre motivos de interesse.
Uma das animações mais inesperadas era uma mini-Feira Popular com carrinhos de choque e tudo!
Entretanto encontrei mais duas marcas de portugalidade: uma sucursal CGD com mediateca, jornais portugueses e acesso à internet. Depois encontrei ainda um quiosque com o jornal luso...O CRIME!
Ora bolas...Mas ainda fiquei tentado a comprá-lo...Agora entendo melhor porque tanto emigrante compra e valoriza tanta pimbalhada...
Mais 4 notas:
1 - Os WC's públicos pagam-se;
2 - Havia um anuncio de emprego na catedral para catequista, o qual ainda fiquei tentado para concorrer...Acho que teria jeito para a coisa;
3 - O Jardim fantástico do vale, fiquei com pena de não ter tempo para o explorar melhor;
4 - Em apenas um dia usei o flemish, alemão, inglês, francês, espanhol e português...fonix!
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