domingo, outubro 31, 2010

"YES WE CAN!" (Mas...com tempo)



Obama chegou ao poder com uma aura de esperança no futuro, conseguindo aquilo que já poucos norte-americanos vislumbravam ser possível: Restaurar a confiança nos que governam.

"YES WE CAN!" - Dizia ele, sendo esta frase repetida até à exaustão pelos seus apoiantes, crentes que daí em diante as coisas só poderiam melhorar.

Agora dois anos depois...Como estamos, Sr. Obama?

Foi, grosso modo, esta a questão que Jon Stewart, metade cómico, metade agitador das massas, fez a Obama no seu "Daily Show".

A resposta de Obama só mostrou que a boa vontade de um só homem, ainda que poderoso, não chega para mudar o mundo.

A economia nos EUA (Tal como na generalidade do Mundo desenvolvido) continua na lama, as desigualdades continuam a aumentar e as pequenas vitórias que ele conseguiu neste tempo não afectam grandemente o cidadão comum.

O que daqui tiro é que o último Messias data de há 2000 anos e esse foi crucificado pelos seus concidadãos...

Este é o drama das "democracias" actuais, mesmo com gente capaz e bem intencionada no poder (Predicados cada vez mais raros nos governantes de agora), estes não têm poder suficiente para mudar o seu país, quanto mais o Mundo!

"Então onde pára o Poder?" - Perguntam vocês.

Esse encontra-se nos gigantes corporativos das Multinacionais e Senhores da Alta Finança, os quais apenas se regem pelo mantra do Lucro, desconhecendo o significado da palavra "Democracia" e "Justiça".

Chegamos a um ponto em que se é verdade que o sistema democrático é a norma de governação dos países, também é verdade que estas "Democracias" estão intrumentalizadas pelo poder do sistema capitalista.

4 comentários:

Chantinon disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Chantinon disse...
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Chantinon disse...

Gosto muito de ler suas opiniões. Obama para mim é um político como qualquer outro, e isso não é ruim.
Ele chegou preparado para o que iria enfrentar. A forma que vem levando as coisas me parece bem. A crise não foi ele que criou, o "sistema" também não.
O mundo inteiro ainda está se moldando a democracia. Mesmo com internet e aviões cortando o mundo, tudo é muito lento em um palco tão complexo... Inclusive, acho que nosso maior problema é que estamos indo rápido demais, e boa parte das pessoas não consegue acompanhar, principalmente quem já nasceu na era da rede mundial.

Você tem que assistir "Tropa de Elite 2". O filme que tem mais importância social do que o meio jornalístico ou intelectual do Brasil apregoa.

Do mesmo modo que o seriado "24 horas" exibe a sujeira REAL que existe no meio político (não só nos EUA), "Tropa de Elite 2" é um espelho REAL do Brasil.

E para aqueles que acreditam serem todos os brasileiros ou qualquer povo de qualquer nação, pessoas alienadas, é impressionante ver TODOS os cinemas lotados todos os dias a cerca de 30 dias. Tentei assistir 3 vezes e não conseguia comprar ingressos.

Vi o filme ser aplaudido no final (Só vi isso uma unica vez na vida). Nos brasileiros que somos guerreiros na defesa da pátria, muitas vezes encobrindo a sujeira, parece que estamos acordando.

Obama tem o apoio do povo, e isso tem um peso. Acredito até que ele seja odiado por muitos poderosos, inclusive outros países. Ele deve ser um gênio para conseguir acalmar seus fornecedores de armas, e aqueles que ganham com a miséria.

Aqui no Brasil vivemos atolados na corrupção e na alienação. Os meios de imprensa são omissos. Os que fazem critica, ao mesmo tempo estão na lista de pagamento dos corruptos.

Um filme é algo visual. Falado na língua do povo. E por mais que os intelectuais ou imprensa relevem, o povo escolheu um militar linha dura como seu herói, exatamente por ele ser tudo o que nos, como povo, não somos - fortes.

Mas a historia mundial mostra que líderes aclamados, um dia podem ir a guilhotina. Eu duvido que aconteça com o Obama, e tenho certeza que acontecerá com a Dilma, substituta do Lula.

kimikkal disse...

Não cheguei a ver o primeiro Tropa de Elite mas vi o trailer e gostei.

Mas para mim o verdadeiro soco no estômago sobre o que é a realidade brasileira que não aparece nas novelas foi a "Cidade de Deus".

Brutal.