Em tempos foi o local mais movimentado de Estarreja, antes do comboio cá chegar e de haver Estradas dignas desse nome, era ali que o comércio da vila se baseava, barcos vinham através do Canal do Esteiro, braço da Ria de Aveiro que ali findava, para transportar sal, farinha e tudo o que mais que fosse preciso.
Neste local as casas em madeira seguiam a traça típica das suas congéneres marinhoas, de cores garridas e delineadas em faixas verticais ou horizontais. O coração desta Estarreja antiga pulsava no Esteiro.
Entretanto o local foi perdendo fulgor com o decorrer dos tempos, a linha de comboio retirou-lhe importancia comercial e separou-o fisicamente do resto da vila e depois a EN109, que originalmente passava pelo Esteiro, recebeu uma variante que deslocou o transito para o outro lado de Estarreja, levando consigo o desenvolvimento urbanístico e deixando-o abandonado, entregue a si próprio.
E chegamos à situação actual, das casas em madeira só restam alguns exemplares em estado decrépito, o Canal do Esteiro tem a sua navegação impraticável e apenas o Bar Picadeiro empresta alguma animação a um local nostálgico do seu passado.
Poucos locais se podem considerar aprazíveis e turísticos em Estarreja. Um (O Parque do Antuã) está a ser criado, outro poderia der o Esteiro.
Custaria muito reabilitá-lo? Agora que Estarreja parece voltar-se de novo para a Ria, reabilitar este pedaço de história da vila seria um pouco como redescobrir as raízes marinhoas de Estarreja.
Fica aqui o repto.
1 comentário:
Concordo!!! Podiam começar por lá pôr as bateiras que têm em cima da rotunda do centro... hehehe
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