Ao ler este artigo as tuas palavras invadem-me de nostalgia e recordo na minha infância longínqua o chamamento para a chegada ao esteiro da bateira do peixe ou dos cricos o chegar do moliço e do sal o partir das batatas e do milho acompanhados pelos petizes curiosos, barulhentos e rebeldes desse esteiro cheio de tudo... até de vida e miséria.
Essa nostalgia dos tempos transforma-se numa pena imensa pelo hoje e amanha da nossa terra que perdeu o esteiro perdeu a turbina perdeu a floresta a agricultura está moribunda e os nossos locais de interesse e aprazíveis morrem todos os dias sem que nada nem ninguém os ajude a ser e a fazer parte da história que teremos um dia de contar, mas nada temos para mostrar no momento e na hora de recordar.
Amsterdam 27/04/2006
António Sousa, in www.oslusitanos.nl
António: Um bem haja pelo texto pertinente e sentido. Volte sempre.
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