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No princípio era O Verbo.
Assim poderia resumir-se o início deste filme, com a evolução do universo desde o Big Bang até às primeiras Eras do Planeta Terra.
Estes 15 minutos, visualmente magníficos e em certos aspectos lembrando uma sequência parecida em 2001 - Odisseia no Espaço, acaba por provocar uma descontinuidade com o resto do filme e a meu ver é esse o ponto fraco da película: Tem tanto de belo a nível sonoro e visual, como de bizarro ao nivel da narrativa.
Aliás, penso mesmo que será essa inconstância narrativa aquilo que o impede de ser um dos favoritos aos Óscares 2012, pois o restante é de primeira água: Fotografia, Banda Sonora, Actores (Brad Pitt e a surpreendente Jessica Chastain fazem um casal que encarnam na perfeição a Natureza e Graça referidas no início do filme), Realização, tudo concorre para que este filme fique para a História do Cinema e toque no âmago de quem o assiste...
...Tudo, tirando um certo exagero filosófico no argumento que não será para todos os tipos de públicos nem para todas as circunstâncias (Acredito que este filme perca muito do seu impacto fora do escuro do cinema).
Resumindo: A Árvore da Vida é um banquete para os sentidos, uma obra de arte sensorial, mas com uma narrativa quase caótica e de difícil entendimento.
Se gostei? Sinceramente anda não sei dizer, tal como num Kubrick ou um Von Trier vintage, ainda estou a digerir o que vi, pois se por um lado o meu lado sensorial ficou deslumbrado, já o lado racional ainda está a tentar perceber toda aquela narrativa existêncial.
4 comentários:
Lourosa Sem Bida
bi-te na entrada
saindo fermosa
de Lourosa
em filmes escuros
e grandes embrulhos
como seis burros aos murros
em terra sebosa
em lourosa
um philme gozado
dum tempo passado
uma fita ranhosa
em lourosa
bebes da moda teimosa
filmes pi (3,1416...)cantes
trejêtos pedantes
in sebosa Lourosa
Lourosa, esse paraíso desconhecido!
O Malic é isso ai que você descreveu, é indecifrável. No fundo, costumo respeitar muito tudo aquilo que não entendo, as vezes levam-se anos para entendermos. Isso é a verdadeira arte.
li o post com um olho aberto e outro fechado. ainda não vi o filme e receava spoilers.
malick é um dos meus realizadores favoritos, este homem faz poesia com a câmara!
Já agora, continuo por Lx. ;)
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