quinta-feira, fevereiro 03, 2005
Numa viagem destinada a cortar com a rotina fui ao Porto e passei pela FNAC do Gaiashopping para saber de novidades e tentar pela primeira vez sair de lá sem comprar nada...
Coisa impossível.
Perante a oferta disponível (CD's, livros, DVD's, material informático, etc, etc.) e as promoções/reduções de preço oferecidas, torna-se praticamente impossível sair de lá de mãos vazias.
Mesmo que não se compre nada, todo o conceito da loja, com locais de leitura, de audiovisual, pontos de acesso à net, workshops, showcases, etc, etc, permite aos visitantes enriquecer os seus conhecimentos sem gastar um euro.
Ora as bibliotecas não têm esse fim?!?
Seria uma ideia interessante, até numa perspectiva de Serviço Público, que as bibliotecas fora dos grandes centros urbanos se inspirassem no conceito FNAC para facilitar o acesso à cultura e dessacralizar um pouco as bibliotecas levando mais gente ás mesmas.
Dou dois exemplos: a existência de um café dentro da loja permite ás pessoas ficar mais tempo e consequentemente consumir mais; A possibilidade dada aos músicos darem concertos, aos pintores e fotógrafos de exporem as suas obras e por aí fora permite criar um circuito cultural, que se fosse aplicado fora de Lisboa e Porto seria muito importante para animar culturalmente o resto do país e inverter a macrocefalia cultural existente.
Podem argumentar que não haveria mercado que correspondesse ao conceito. Talvez, mas pelo menos nas capitais de distrito acredito que existiria massa suficiente para viabilizar a ideia.
Fica lançado o repto.
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